Sinopse: O ciclo ardente da arte dura séculos! Hasegawa Touhaku (1539 – 1610) foi um dos maiores pintores da história japonesa, com a capacidade de transitar com fluidez entre a elegância deslumbrante da folha de ouro e o minimalismo sereno que a tinta sobre o papel pode trazer. As suas obras, muitas das quais classificadas como tesouros nacionais, ainda hoje podem ser vistas em vários templos e museus.
Neste mangá, o autor Chie Shimomoto nos apresenta a paixão ardente e o sacrifício que moveu Touhaku, desde a desilusão da meia-idade – quando seu entusiasmo se extinguiu por falta de fama ou trabalho adequado – até a morte do governante Oda Nobunaga (1534 – 1582), que desencadeou a cena política, a fusão da arte e do budismo, a centelha inicial de uma filosofia estética que vê a beleza na simplicidade e na imperfeição (hoje conhecida como wabi-sabi), e o fogo da competição, até chegar ao auge de sua carreira e se imortalizar.
O importante aqui é a verdade: no castelo deste lendário conquistador há uma pintura de outro icônico artista japonês – e é uma pintura famosa, mas nem todo mundo tem chance de vê-la. Porém, em meio ao incêndio do castelo de Oda Nobunaga, obras de arte estão sendo destruídas e Touhaku sempre sonhou em ver tal obra. Em estado de euforia, Touhaku entrou no castelo em chamas só para ver aquela obra de arte.
Este acontecimento galvanizou a cena política, combinando arte e budismo, acendendo a centelha inicial de uma filosofia estética que celebrava a beleza na simplicidade e na imperfeição (conhecida hoje como wabi-sabi) e atiçava as chamas da rivalidade. No final das contas, a jornada de Touhaku o levou ao auge de sua carreira, onde seu legado continuaria vivo. Esse legado é mostrado no mangá, com pouca referência às suas relações interpessoais. O mangá fala brevemente sobre sua família, amigos e seguidores.
Vim aqui porque queria expressar minha admiração pela bela obra que é Fire Mandala, inspirada na vida do famoso pintor japonês Hasegawa Touhaku. A escolha de representar a vida deste artista tão importante na história da arte é por si só uma decisão admirável.
A arte do mangá é realmente impressionante e se destaca como um dos trabalhos mais lindos que já tive o prazer de ver. A capacidade de Chie Shimomoto de capturar a essência da arte de Hasegawa Touhaku é notável, proporcionando uma experiência visualmente fascinante.
Porém, ao refletir sobre a leitura, percebi que alguns detalhes importantes da vida do artista foram encobertos muito rapidamente. Eu sinto que a peça poderia ter sido um pouco mais longa para explorar a rica história de Hasegawa Touhaku com mais profundidade. Alguns aspectos pareciam passar um pouco rápido demais, deixando-me com vontade de explorar certos eventos e momentos importantes com mais profundidade. 236 páginas parecem não ser suficientes. Bom, para mim o problema é que o mangá acaba muito rápido e eu quero mais!
Apesar deste ponto menor, não há como negar que “Fire Mandala” em si brilha como uma obra de arte. A atenção aos detalhes na apresentação visual é extraordinária e a paixão do autor pela história de Hasegawa Touhaku transparece em cada página. Este mangá sem dúvida continuará sendo uma das experiências mais bonitas e esteticamente agradáveis que já tive. Obrigado Chie Shimomoto por isso.
• Nome: Mandala de Fogo
• Nomes alternativos: 焔色のまんだら
• Tipo: Mangá
• Autor(a): Chie Shimomoto
• Volumes: 1
• Status: Completo
• Demográfico: Shōnen
•Gêneros: Históricos,Ação,Slice of Life
• Editora: Pipoca & Nanquim
• Publicado em: 2015