Ultraman (Edição Oficial JBC)

 


Sinopse: A série começa com um curto epílogo da série tokusatsu original, quando o primeiro Ultraman dá a Shin Hayata a força vital trazida por seu superior, Ultraman Zoffy,  para subjugar um humano que é hospedeiro  de uma luz gigante. Após esta introdução, a história começa com Shinjiro Hayata, filho de Shin Hayata, nascido com poderes especiais como resultado do tempo de  seu pai  com Ultraman. Um dia, Shinjiro é atacado por um inimigo desconhecido, e um guerreiro blindado salva o dia, revelando a Shinjiro que ele é seu pai, que afirma ser Ultraman. Para ajudar seu  pai mais jovem, Shinjiro se junta à batalha e veste a armadura  Ultraman que o Sr. John lhe deu, semelhante à de seu pai. Ide,  ex-membro da patrulha científica. Após a batalha, ele começou a buscar o verdadeiro destino do primeiro sucessor de Ultraman.



O mangá  Ultraman começa com uma importante sinopse que coloca o leitor no mundo do primeiro Ultraman. A primeira série comemora 50 anos de sua primeira exibição no Japão, e a exibição final no Brasil ainda não terminou. Da terra da luz, a nebulosa M-78, entrando no universo  na memória de quem conheceu a história do guerreiro, o mangá  Ultraman reduz o tamanho do herói e traz uma trama que começa em casa. , e não muito diferente do monstro, a complexa relação entre um pai idoso e um jovem que não entende porque são diferentes. Conforme as páginas passam, Shin descobre a verdade sobre o passado  que Ultraman esqueceu e Shinji, que é  atacado por uma criatura alienígena durante sua jornada para descobrir seus poderes. Chegando ao resgate de seu pai com armas tecnológicas, a história acompanha a luta de um menino para salvar seu pai e descobrir que a humanidade não está sozinha na Terra.



O enredo do mangá de Ultraman se assemelha muito com histórias em quadrinhos de ação atuais, sobretudo americanas, deixando a sua leitura com um alto grau de dinamismo e fluidez e bem distante do tokusatsu original. E é neste ponto que mora o perigo dele, ao se distanciar do principal conceito original, o gigante prateado e vermelho lutando contra monstros gigantes, a história poderia se estrelado por qualquer outro tipo de herói, oriental e ocidental, sendo necessário confiar no que pode vir para continuar reconhecendo esta história como do Ultraman.




Os principais personagens Shin e Shinjiro são clássicos em mangás, podendo ser considerados uma condensação de diversos clichês. Shin é o herói que não lembra de seu passado heróico, mas cuja carreira profissional o levou ao alto cargo e reconhecimento público, sendo que o reconhecimento de seu filho adolescente uma das suas batalhas atuais. Shinjiro é muito semelhante aos típicos protagonistas de mangás shonens, com o típicos problemas que um filho adolescente tem com o pai, mas com um pesado legado à carregar e um enorme potencial de desenvolvimento, que me lembrou muito alguns recentes protagonistas das séries Kamen Rider e do jovem Hikaru Raido, de Ultraman Ginga (2013) e Ultraman Ginga S (2014).




A arte do mangá possui uma linguagem muito atual, com forte dinamismo e quadros ricos, detalhados e memoráveis, como o surgimento de Shin na armadura-protótipo ou o disparo do raio spacium com a clássica posição em cruz do herói. Há na arte uma importante atualização do herói, com um certo grau de realismo dos monstros e alienígenas que aparecem até então, é um ponto importante de continuar observando em futuros monstros e outros guerreiros Ultra que o mangá pode vir a ter.

Ultraman é o mangá que teve um anúncio quase que sozinho em um dos maiores eventos de quadrinhos do país. Carregado de nostalgia, para atrair o público mais velho que conheceu as séries Ultra quando passavam na TV, a editora acerta em atrair esse público e despertar a curiosidade do público mais novo, que atualmente pode conferir de forma limitada ao tokusatsu por falta de investimento do gênero no país. Ao público e à editora é a hora ideal de tirar o tokusatsu da nostalgia e mostrar que o gênero ainda respira e se renova a cada ano, tendo a renovação proporcionada no mangá um claro exemplo disso.



Editorialmente falando temos uma edição muito bem trabalhada, seguindo os padrões da editora e com uma grande gama de fontes, algumas me incomodam, mas entendo a necessidade delas onde foram utilizadas. A capa segue o padrão que a publicação vem sendo adotada ao redor do mundo, não tendo um grande diferencial nela, mas a quarta capa com uma imagem totalmente diferente ficou bem marcante, fico curioso em saber como será as próximas edições. Uma boa escolha da editora foi manter o mangá com periodicidade bimestral, como ele ainda está em publicação e possui poucos volumes deve demorar para alcançar o Japão.



Já falando da parte gráfica temos pontos a elogiar e pontos a se criticar. É um mangá com ricas e grande número de páginas coloridas – 16 ao todo -, não recordo título algum que tenha tantas páginas coloridas assim, além disso tem um número fechado de páginas, sem espaço para propagandas sem relação ao mangás, é ação do começo ao fim. Mas os pontos negativos já começam no formato, que é o 12 x 18 cm e mais próximo ao utilizado no Japão, mas para páginas como a que podem ser vistas muito se perde em um formato tão reduzido, é uma escolha que considero infeliz. A capa é no papel cartão padrão dos mangás da editora, poderia ter sido utilizado o couchê de Kill la Kill que ficaria melhor, Já o papel no miolo é de se criticar, o offset utilizado é transparente em diversas páginas, sua aplicação em páginas coloridas está boa, mas nas páginas preto e branco, a maioria, afeta a leitura de uma forma negativa, espero melhoria por parte da editora nesse quesito.




• Nome: Ultraman

• Nomes alternativos: ウルトラマン

• Tipo: Mangá 

• Autor(a): Eiichi Shimizu, Tomohiro Shimoguchi

• Volumes: 14

• Status: Aguardando Novos Volumes 

• Demográfico: Seinen

•Gêneros: Ficção científica,Ação,Psicológico,Super Herói,Artes Marciais,Drama,Militares,Mistério

• Editora: Oficial JBC

• Publicado em: 2011





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